Seguro pode não cobrir danos no carro causados por alagamentos; entenda como funciona
09/11/2024
(Foto: Reprodução) Na maioria dos casos, motorista que se expôs ao risco tentando atravessar avenidas e ruas em meio à chuva deve arcar com prejuízo. Corretoras podem pedir comprovação de que dano foi acidental. Carro passando por avenida alagada em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
O motorista que tenta atravessar uma rua ou avenida alagada durante um temporal pode não só estar colocando em risco a própria vida e a vida das pessoas que estão com ele, como muito provavelmente ainda terá de arcar com os custos nada baratos causados por danos no veículo.
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Isso porque nem todo seguro cobre este tipo de sinistro e aqueles que cobrem exigem comprovação de que a pessoa não se colocou em situação de perigo.
Diretor regional do Sindicato dos Corretores de Seguros em Ribeirão Preto (SP), José Marcos Alonso explica que mesmo que a pessoa tenha a cobertura compreensiva contratada, é necessário que ela comprove que não foi possível evitar o risco. Caso contrário, o reembolso é negado.
"Você só vai ser amparado se realmente for acidental. A água subiu, você tentou sair daquele momento de apavoramento e tentou diminuir o risco do seu veículo, tentando socorrer sua família ou o que seja, e aí vai estar amparado à cobertura de calço hidráulico ou outros danos, molhar o carro, alagar o carro".
Motoristas se arriscam e passam por alagamentos em Ribeirão Preto, SP
Reprodução/EPTV
A cobertura compreensiva é conhecida como seguro total ou completo. É ela que protege o veículo de diversos riscos e situações, que vão desde colisões, incêndios, roubos e furtos, até desastres naturais, como é o caso de enchentes e alagamentos.
"O consumidor tem de ficar atento antes de renovar seu seguro, se está amparado pela cobertura compreensiva. A cobertura compreensiva é uma cobertura ampla, que cobre colisão, incêndio, roubo e danos da natureza. E muito atento também, você contratando esse seguro, não pode levar em risco seu carro, sua família, você consumidor, querendo ultrapassar um lugar alagado".
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Segundo Alonso, o seguro mais comum e também mais procurado é aquele que cobre apenas danos contra terceiros.
"Hoje o consumidor tem de ficar atento à contratação do seguro, porque dependendo da cobertura que ele contrata, somente um seguro contra terceiros, é só para danos a terceiros, é a responsabilidade de você causar algum dano a terceiros, somente assumindo a sua responsabilidade para você amparar o prejuízo a terceiros".
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Nesta semana, a reportagem da EPTV, afiliada da TV Globo, flagrou diversos motoristas e motociclistas tentando ultrapassar avenidas e ruas tomadas pela água em Ribeirão Preto.
Em um dos casos, o motociclista chegou a levantar as pernas para não se melhorar. Apesar da manobra arriscada, ele conseguiu seguir viagem.
Uma outra motociclista tentou fazer o mesmo, mas não teve a mesma sorte e a moto dela parou no meio da avenida alagada.
Motociclista tentou atravessar avenida alagada em Ribeirão Preto, SP, e moto parou
Reprodução/EPTV
Para Alonso, este tipo de situação deixa claro o risco que a pessoa assume e dificilmente o seguro poderá cobrir os prejuízos com o conserto dos veículos.
Ele também alerta para uma boa conversa com o corretor antes de tomar qualquer providência diretamente com a seguradora.
"É muito importante sempre pedir orientação de que forma você vai fazer abertura do sinistro, porque pode levar uma forma de você dialogar no 0800 ou abrir o sinistro de uma forma errada que você não vai estar amparado, justamente por causa de você propositar o fato ou não".
De quarta-feira (6) a sexta-feira (8) choveu 200 mm na cidade, de acordo com a Defesa Civil do Estado de São Paulo. A previsão é de mais chuva ao longo do fim de semana.
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